Ainda que passados tantos anos dos primeiros registros literários do sombrio conto da tradição oral alemã, a história da bela princesa órfã que desperta a inveja e a raiva de sua madrasta continua presente no imaginário popular.
Essa releitura, dirigida por Tarsem Singh, porém, mostra a história sob um novo olhar, alterando nomes e fatos, criando um universo menos sombrio que o original, mas tão inusitado quanto. Momentos de tensão dividem espaço com o humor que percorre a cena ao longo da impagável atuação de Julia Roberts e dos divertidos sete anões.
A história original está lá, mas podemos começar dando adeus a Atchim, Soneca, Zangado, Feliz, Dengoso, Mestre e Dunga. Ah, esqueçamos, também, o caçador... aquela Branca de Neve inocente... e o beijo salvador que acorda a princesa da "morte"...
Grim, Napoleão, Açougueiro, Tampinha, Lobo, Rango e Riso são os sete anões, que, com certeza, não trabalham em uma mina nem tão pouco têm uma vida honesta e humilde na floresta. Pequenos saquedores sobre pernas de pau, os anões garantem ótimos momentos do filme.
A madrasta é um dos pontos altos... fortes e irônica... é tão divertida que quase chegamos a torcer por ela.
Lily Collins é a responsável por viver uma Branca de Neve com 18 anos recém feitos. Ao ver-se sozinha na floresta, ela acaba por conhecer os anões, com quem passa a morar e com os quais aprende a se defender, roubar e pensar estrategicamente.
Armie Hammer vive o príncipe desastrado, bobo e atrapalhado, que inicia a história sendo assaltado pelos anões, chega seminu ao castelo da Branca de Neve. Sua beleza e condição econômica fazem despertar o interesse da rainha, que vê seus planos em perigo ao perceber o interesse do príncipe por Branca de Neve.
Como resultado final temos um filme divertido, que agrada tanto pelo enredo quanto pela exuberância visual.
Apesar da crítica negativa, que o vê como um pastelão artificial, é um filme que vale a pena ser visto. Afinal, o mundo da fantasia nos abre tantas portas... por que insistirmos em adentrar sempre pelas mesmas?
Divirtam-se... seja com as fadas ou com as bruxas, posto que o imaginário transforma todas elas em um conteúdo onírico que nos faz viajar, viajar, viajar...
Beijinhos...
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