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quinta-feira, 14 de abril de 2011

Atenção às regrinhas do sorteio!

"Tenho em mim todos os sonhos do mundo"
Fernando Pessoa
Olá, pessoal...

Assim... vim apenas fazer uma solicitação ao pessoal que está se inscrevendo para o sorteio. Existem umas regrinhas, as quais mais copiei de outros sorteios de outros blogs do que as criei, por uma questão de inexperiência, afinal este está sendo o primeiro sorteio do Jardim dos Sonhos. Mas, enfim... se existem regras elas devem ser cumpridas, então algumas inscrições estão em suspenso e somente serão confirmadas depois que estiver tudo certinho. O problema que o pessoal está tendo: uma das regras é divulgar o sorteio em seus blogs, twitters e facebooks, e tem algumas pessoas que não o estão fazendo. Então, para não correrem o risco de ficarem de fora, vamos cuidar as regras, hein!

Desculpem o post chatinho, mas as regras têm que valer para todos, é uma questão de justiça!

Beijinhos


quarta-feira, 13 de abril de 2011

Doces beijos...

"O beijo é um procedimento inteligentemente desenvolvido para a interrupção mútua da fala quando as palavras tornam-se desnecessárias."

Apenas beijem muito...

Beijinhos a todos!

domingo, 10 de abril de 2011

Surpresinha desvendada!

Sorteio blog jardim dos sonhos
Olá, gente...
Dia dez de maio, ou seja daqui um mês, estarei de aniversário! Farei 34 anos (é... mais perto dos 40 que dos 20! hehehe)... Enfim, gostaria de comemorar com vocês! Por isso farei o primeiro sorteio do Jardim dos Sonhos... Como não posso presentear todos vocês, presentearei um sortudo! Aí está o presentinho:

Sorteio blog jardim dos sonhos

Sorteio blog jardim dos sonhos

Sorteio blog jardim dos sonhos

Sorteio blog jardim dos sonhos

Sorteio blog jardim dos sonhos

Sorteio blog jardim dos sonhos

É um kitizinho de material para artesanato, nele contém:

3 Pares de botões de madeira decorados com tecido (sapinho, abelha e galinha)
7 Rococós tamanho grande.
8 Rococós tamanho médio (com perolado).
10 Rococós tamanho médio.
9 Rococós tamanho pequeno.
3 Aplicações em formato de borboleta na cor amarela.
3 Aplicações em formato de borboleta na cor rosa.
10 Mini rosas metálicas (prateadas).
3 Borboletas pequenas em acrílico cristal (lilás).
2 Borboletas pequenas em acrílico cristal (transparente).
2 Flores pequenas em acrílico cristal ( transparente).
4 Corações pequenos em acrílico cristal (transparente).
2 Flores médias em acrílico cristal (rosa)
2 Flores médias mistas de acrílico cristal e acrílico fosco (rosa)
1m de fio de bolinhas peroladas
7 florzinhas grandes de falso strass para aplicação (roxo).
7 florzinhas grandes de falso strass para aplicação (amarelo).
30 botões plásticos decorados sortidos com motivos infantis.
1 Caixa organizadora 23x14cm com 14 espaços – plástica branca transparente.
3 Potinhos plásticos com miçangas sortidas.
1 Potinho plástico com flores médias graúdas de falso strass para aplicação (rosa).
1 Potinho plástico com flores médias de falso strass para aplicação (azul).
1 Potinho plástico com flores médias de falso strass para aplicação (cor prata).
1 Potinho plástico com flores pequenas de falso strass para aplicação (rosa).
1 Potinho plástico com flores pequenas de falso strass para aplicação (vermelho).
½ metro de fita com vidrilhos espelhados para pastilhagem.
1 Caixa de MDF cru 29x20 com alça.
1 Borboleta de penas decorativa (lilás).
1 Borboleta em gesso cru tamanho médio.
1 Borboleta em gesso cru tamanho pequeno.
10 peças de 10m de fita mimosa (cores sortidas).
1 Mini bouquet de rosas de tecido (vermelho).
1 Mini bouquet de rosas de tecido (rosa).
1 Maço de pistilos de 12cm (rosa).
1 Maço de pistilos de 12cm (lilás).
1 Maço de pistilos de 12cm (prata).
1 Maço de pistilos de 12cm (dourado).
1 Aplicação a quente de falso strass (borboleta).
2 Cabaças fechadas.
7 Vieses de 2m cada – estampas florais.
2 Gregas de 1m cada.
1 Bastão de cola quente de silicone prata.
1 Bastão de cola quente de silicone dourado.
5 Rolos de feltro 20x37cm ( azul – branco – rosa – vermelho – roxo)
6 Rolos de feltro 20x37cm (estampas diversas).
180g de pedra decorativa (art house).
8 Barrinhas de 30cm de tecido decorado.
8 Folhas de papel rendado – 2 modelos, 4 de cada.
5 Estampas para decoupage ou arte francesa 10x11,3cm.
2 Adesivos para decoupage 14x14cm.
4 Guardanapos para decoupage.
2 Folhas de EVA decorado (exclusivo).
1 Revista: Biscuit Arte fácil, ano 1, nº11.
1 Bicicleta miniatura de arame soldado (exclusivo)
10 Mini laços de fita mimosa 1cm – azul
10 Mini laços de fita mimosa 1cm – vermelho
10 Mini laços de fita mimosa 1cm – amarelo
10 Mini laços de fita mimosa 1cm - rosa
Potinho de sementes de guapuruvu

Praticamente todo material é do Atelier das Gurias, lugar bem legal que vale a pena conferir: Rua Ramiro Barcelos, 106, Centro - Viamão/RS. O material exclusivo que consta na lista é produção das próprias gurias, talentosas elas, hein!

Sorteio blog jardim dos sonhos

Mas vamos às regrinhas para concorrer:

- Ser seguidor do Jardim dos Sonhos;
- sendo amigo no facebook concorre com mais um número;
- seguindo no twitter, mais uma chance;
- comentar neste post, deixando um comentário por participação, ou seja, um com o nome do blog, outro com o contato do facebook e mais um com o contato do twitter. A ordem dos comentários determinará seu número de inscrição. Em todos eles deve constar seu e-mail para que eu possa entrar em contato caso você ganhe o sorteio;
- infelizmente, peço que tenha endereço para entrega no Brasil... desculpa pessoal que mora fora! Mas podem indicar endereço de um amigo ou parente se quiserem participar;
- valem os comentários deixados até o dia 8 de maio, dia 9 de maio postarei a lista com os números dos participantes e dia 10 farei o sorteio;
- além disso, os participantes devem fazer uma postagem em seus blogs em que apareça a imagem principal do sorteio, as regras para participarem e o link para essa postagem. Aqueles que participarem pelo facebook ou twitter deverão linkar para cá também pelos dois sites.

O sorteio será realizado através do site SorteiosPT.
http://sorteiospt.com/

Bom, pessoal... Desejo boa sorte a todos vocês! Não esqueçam, até o dia 8 de maio estarei recebendo as inscrições de vocês através dos comentários aqui nessa postagem!
Beijinhos a todos!


Crônica da Casa Assassinada: a vida e a morte em conjunção

Sempre fui uma amante da literatura... Acho que através dos textos podemos viajar, criar, viver outras vidas... A literatura nos faz um efeito revigorante de estar em vários mundos ao mesmo tempo! Desde ontem estou nostálgica... Sobretudo de leituras que se inscreveram em meu espírito tão poético e artístico... Às vezes chego a pensar que não existo, que não passo de uma personagem, talvez de Pirandello, à procura de quem escreva minha história... Mas na dúvida, acabo vivendo como se existisse... E busco na arte minha inspiração...
Enquanto procuro meu autor, na esperança que me faça um final feliz.. Sigo lendo histórias, felizes ou tristes, divertidas ou inquietantes... Histórias que me encantam e me fascinam... A Crônica da Cassa Assassinada é uma delas!
Na Crônica da Casa Assassinada, Lúcio Cardoso acompanha a ruína de uma família mineira, representante de toda estrutura familiar que começa ruir. A história desenrola-se numa fazenda em que a casa desempenha o papel principal: as personagens são feitas como que da estrutura de alvenaria da casa... são presas às suas bases e fundações, a casa, por sua vez, tem suas bases erguidas em carne e osso, é o sangue dos seus habitantes que a mantém e alimenta. A casa possui alma, uma alma sombria, que representa a decadência e a precipitação ao inferno. Ao mesmo passo que é a personagem vibrante do texto, sagrada e profana, divina e demoníaca. A narração assume, muitas vezes, a perspectiva da casa, dos temores que a habitam, da casa que sangra, que sofre, que abriga os mais trágicos segredos.
Lúcio Cardoso revela seu talento para a criação de uma atmosfera sombria, de pesadelo e de sondagem interior, dando à prosa uma rara densidade poética. Tangencia o surrealismo, chegando bem perto dele, mas sem perder o aspecto regional de sua obra. Difícil determiná-lo objetivamente... transita por vários mundos: romântico, simbolista, realista, surrealista... é, enfim, transcendente!
A Crônica da Casa Assassinada cria um clima de morbidez que envolve o ambriente e os seres... Algo entre O Morro dos Ventos Uivantes, Cem Anos de Solidão e os mais primorosos contos de Edgar Allan Poe. A história dos Meneses é construída por fragmentos... Não há referências diretas, mas cartas, diários e confissões de pessoas que conheceram a protagonista - e dela mesma - que estruturam a narrativa. Dessa forma, o texto assume um caráter angustiante, e sofrido, de um amor que se crê pecado. E este pecado torna-se uma representação da plenitude e da própria vida, uma libertação, um mal extremamente necessário.
A tragédia de um indivíduo reflete-se em todos, que percorrem várias gamas de reações que vão da febre amorosa ao ódio, deste à indiferença ou ao julgo da sociedade. Lúcio Cardoso realiza uma forma complexa de romance introspectivo, em que o individual assume proporções coletivas. O atmosférico e o sensorial não mais se justapõem, mas se combinam no plano de uma escritura cerrada, capaz de converter o descritivo em onírico e o psicológico no existencial.
A Crônica da Casa Assassinada surpreende, sobretudo, por seu fôlego, e, também, pelos múltiplos olhares narrativos. Enquanto viaja lentamente por um caminho obscuro, à margem do qual se sucedem desvios psicológicos e conflitos morais, o leitor testemunha a queda da casa dos Menezes.
A agonia de Nina centra-se em um conflito exitencial: sua alma libertária presa a um corpo destruído pelo câncer, traço de um Romantismo latente, em que se é muito mais do que aquilo que a matéria infame nos permite ser. Nina é a vida, ainda que na consciência trágica do pecado e do mal. Tudo para quando ela não está! Num movimento contraditório, porém, ela busca a morte a todo instante. Uma nítida busca da totalidade através dos opostos complementares. Nina representa, assim, ramificação da metástase que condena a casa e contagia seus habitantes. A casa, então, de lar e fazenda produtiva se vê transformada em um cemitério de mortos-vivos.
As flores, violetas, marcam as estações dos personagens, os enganos, a vida na realização do amor no canteiro de um homem jovem, as tantas mortes, a ressurreição possível na imortalidade dos genes e a prisão a que estão condenados os homens resignados. As violetas são simbólicas... Simbolizam a transcendência, a passagem de um estado a outro... Lembrando que sua cor representa a morte, o luto e o segredo.
A Crônica da Casa Assassinada é um texto marcado por fusões: fusão entre o eu e o mundo, entre o eu e o outro, entre espírito e matéria. Toda fusão, porém, gera um aniquilamento... tudo que se funde aniquila parte da existência. A Crônica funde emoções, sensações, sentimentos... aniquila algo e cria algo novo... gera um universo tão ímpar que jamais decifraremos por completo...

"Não era simplesmente o amor que ela desejava, mas a fusão, o aniquilamento. E eu aceitava morrer, fechava os olhos, atirava-me ao desconhecido - nossos corpos se fundiam.
(...)
Eu não existia, era apenas o componente de uma aliança esfacelada e sem sentido. E quem jazia estendida sobre aquelas cobertas, não era ela, era eu, um eu difuso, separado em luta contra a escuridão e terror, mas que ainda assim representava o mais vivo e o mais importante de mim mesmo."
(Lúcio Cardoso)

Este é Lúcio Cardoso! Embora pouco citado, um nome ímpar em nossa literatura! Fica a sugestão, aos amantes de uma boa leitura, de um livro apaixonante.

Beijinhos a todos!


Guimarães Rosa, um escritor de travessias

Hoje acordei com saudades de Guimarães Rosa... Às vezes tenho umas loucuras, gostaria de nunca tê-lo lido, para ter o prazer que apenas a primeira leitura pode nos dar! Quem me dera ler novamente pela primeira vez Grande Sertão: veredas... Uma obra de travessia... Um léxico que atravessa o espaço, o tempo... tudo, rumo ao infinito das ideias...
Guimarães Rosa foi um escritor admirável... Dedicou-se a inúmeras atividades, mas, sobretudo, dedicou-se às suas crenças, aos seus ideais... Deixou nosso mundo muito cedo, aos 59 anos, em 19 de novembro de 1967, três dias após tomar posse na Academia Brasileira de Letras, em cujo discurso de posse ressaltou: "...a gente morre é para provar que viveu."
Autor de uma obra genial, primorosa, de experimentos linguísticos, de técnica sem igual, com um mundo ficcional tão absoluto, concreto, transcendente... poucas vezes visto na literatura. Promoveu uma renovação do romance! Sua obra alcançou uma esfera cuja Literatura Brasileira ainda não conhecia... Sua obra se impôs no Brasil e no mundo! O que culminou com sua indicação ao Nobel de Literatura, indicação barrada por sua morte tão prematura.
"Quando escrevo, repito o que já vivi antes.
E para estas duas vidas, um léxico só não é suficiente.
Em outras palavras, gostaria de ser um crocodilo
vivendo no rio São Francisco. Gostaria de ser
um crocodilo porque amo os grandes rios,
pois são profundos como a alma de um homem.
Na superfície são muito vivazes e claros,
mas nas profundezas são tranquilos e escuros
como o sofrimento dos homens."
Suas palavras, que reunidas são de uma beleza que cala e sufoca num pensamento inquieto, nos trazem as múltiplas possibilidades do entendimento do mundo e da arte... As palavras e as ideias de Guimarães Rosa são assim: prosa realista, poesia atemporal, filosofia transcendente, pensamento místico, metafísico, consciente e inconsciente do mundo. Mas melhor que falar sobre elas é lê-las...

Fita Verde No Cabelo (Nova velha história)
Havia uma aldeia em algum lugar, nem maior nem menor, com velhos e velhas que velhavam, homens e mulheres que esperavam, e meninos e meninas que nasciam e cresciam. Todos com juízo, suficientemente, menos uma meninazinha, a que por enquanto. Aquela, um dia, saiu de lá, com uma fita inventada no cabelo.
Sua mãe mandara-a, com um cesto e um pote, à avó, que a amava, a uma outra e quase igualzinha aldeia. Fita - Verde partiu, sobre logo, ela a linda, tudo era uma vez. O pote continha um doce em calda, e o cesto estava vazio, que para buscar fambroesas.
Daí, que, indo no atravessar o bosque, viu só os lenhadores, que por lá lenhavam; mas o lobo nenhum, desconhecido, nem peludo. Pois os lenhadores tinham exterminado o lobo. Então ela, mesma, era quem dizia: "Vou à vovó, com cesto e pote, e a fita verde no cabelo, o tanto que a mamãe me mandou". A aldeia e a casa esperando-a acolá, depois daquele moinho, que a gente pensa que vê, e das horas, que a gente não vê que não são.
E ela mesma resolveu escolher tomar este caminho de cá, louco e longo e não o outro, encurtoso. Saiu, atrás de suas asas ligeiras, sua sombra também vindo-lhe correndo, em pós. Divertia-se com ver as avelãs do chão não voarem, com inalcançar essas borboletas nunca em buquê nem em botão, e com ignorar se cada uma em seu lugar as plebeinhas flores, princesinhas e incomuns, quando a gente tanto passa por elas passa. Vinha sobejadamente.
Demorou, para dar com a avó em casa, que assim lhe respondeu, quando ela, toque, toque, bateu:
- "Quem é?"
- "Sou eu..." - e Fita Verde descansou a voz. - "Sou sua linda netinha, com cesto e com pote, com a Fita Verde no cabelo, que a mamãe me mandou."
Vai, a avó difícil, disse: - "Puxa o ferrolho de pau da porta, entra e abre. Deus a abençoe."
Fita Verde assim fez, e entrou e olhou.
A avó estava na cama, rebuçada e só. Devia, para falar apagado e fraco e rouco, assim, de ter apanhado um ruim defluxo. Dizendo: - "Depõe o pote e o cesto na arca, e vem para perto de mim, enquanto é tempo."
Mas agora Fita Vede se espantava, além de entristecer-se de ver que perdera em caminho sua grande fita verde no cabelo atada; e estava suada, com enorme fome de almoço. Ela perguntou:
- "Vovozinha, que braços tão magros, os seus, e que mãos tão trementes!"
- "É porque não vou poder nunca mais te abraçar, minha neta...." - a avó murmurou.
- "Vovozinha, mas que lábios, aí, tão arroxeados".
- "É porque não vou nunca mais poder te beijar, minha neta..." - a avó suspirou.
- "Vovozinha, e que olhos tão fundos e parados, nesse rosto encovado, pálido?"
- "É porque já não estou te vendo, nunca mais, minha netinha...." - a avó ainda gemeu.
Fita Verde mais se assustou, como se fosse ter juízo pela primeira vez.
Gritou: - "Vovozinha, eu tenho medo do Lobo!..."
Mas a avó não estava mais lá, sendo que demasiado ausente, a não ser pelo frio, triste e tão repentino corpo.

Àqueles que já conheciam, espero que tenham gostado...
Aos que levaram pela primeira vez... invejo-os... a primeira vez é sempre única!

Beijinhos a todos!



sexta-feira, 8 de abril de 2011

Desabafo e Indignação Parte II - E o bullying virou moda...

- E aí, Anão?
- Ei, isso é bullying! - e fecha a cara.
- Como assim?! - espantou-se Gordo. - Teu apelido sempre foi Anão!
- Mas antes nunca se tinha falado em bullying. E se eu fosse você não permitiria que te chamassem de Gordo! É bullying!
- Mas esse também sempre foi meu apelido!
- Quando não se falava em bullying. Agora é bullying!
E assim foi... No princípio eram brincadeiras... as brincadeiras tornaram-se amizades... e as amizades...
- E aí, Sarrafo?! - Chegava sorridente o Gordo, quando um tapa o surpreende. - Que houve? - questiona sem entender.
- Tô de saco cheio com vocês! Chega de bullying pra cima de mim!
E como tudo que vira moda... De repente era o caos!

Pois é...
Infelizmente aquilo que sempre orgulhou a humanidade: seu macrocéfalo altamente desenvolvido e seu polegar opositor estão se invertendo os papéis! O telencéfalo, cada vez menos desenvolvido... O polegar opositor, cada vez atuante no amparo da arma, auxiliando para que o indicador puxe o gatilho. Duas capacidades que estão evoluindo de modo inversamente proporcional.
As pessoas não gastam mais seu tempo pensando, conversando, trocando ideias. Logo partem para a agressão, a violência tornou-se moeda comum e respeito e cordialidade jóias raras. No início da história da humanidade: a barbárie, que deu espaço ao homem civilizado, e a civilização evoluiu... criaram-se avançadas tecnologias... armas avançadas... conceitos psicológicos, usados para o bem... e para o mal...
A intolerância impera em todos os níveis, em todos os lugares... As pessoas se julgam melhores ou piores por serem brancos, negros, índio, orientais... por serem católicos, evaagélicos, umbandistas, espíritas... por serem homens, mulheres, homossexuais, transexuais... por serem ricos, pobres, classe média, miseráveis... por serem gordos ou magros, altos ou baixos, feios ou bonitos... Esquecem-se que somos todos humanos... tão iguais em nossas diferenças... Tão inseguros, tão limitados, tão frágeis, tão vulneráveis... tão humanos! Somos fruto de nossas escolha. Então porque não escolher ser tolerante?
Claro que o bullying existe! Mas nem tudo é bullying! Brincadeiras são meras brincadeiras, embora de mau gosto muitas vezes.
As práticas inadequadas de uns não justificam os equívocos e erros dos outros.
A imprensa brasileira, após tanto lutar por sua liberdade, deixou-se cair na vala imunda do sensacionalismo. Os noticiários não se satisfazem em expor e criticar os fatos. Microfones são enfiados nos rostos de mães desesperadas pela perda de um filho. Crianças abaladas por fatos chocantes narram como os amiguinhos, cujas mãos estavam às suas entrelaçadas enquanto tentavam fugir, caíram mortos a seus pés! Não basta noticiar, tem que chocar, quanto mais sangue, dor e lágrimas melhor. Essa é a nossa imprensa. Isso é o que nossa imprensa livre faz com a sua liberdade. Dói assistir a um telejornal... abrem-se feridas...
E agora o autor de um ato monstruoso e brutal torna-se vítima... Foi uma vítima de bullying! Sofreu na infância, por isso agiu dessa forma! Com essas alegações nossa imprensa livre busca justificar o injustificável. Este é o legado que fica para a nossa juventude? Intolerância?!
Crianças negras têm o direito de discriminar crianças brancas, pois seus antepassados foram escravizados pelos antepassados delas. Homossexuais têm o direito de reprimir heterossexuais por tanto que foram reprimidos. Umbandistas devem humilhar católicos pelo tanto que já foram humilhados. Magrela, taquara, gostosa podem ser tão ou mais ofensivos que gordo, nanico, feia... depende do contexto e da forma com que essas palavras são usadas.
Vamos pensar bem antes de qualquer coisa! Uma palavra mal dita pode tornar-se maldita, machucando tanto nosso espírito quanto nossa matéria. Muitas vezes falamos algo sem maldade alguma, apenas para brincar, descontrair e cabamos ferindo brutalmente outra pessoa, pois cutucamos, sem querer, uma ferida que não se nota, não se vê, mas que está lá... oculta, calada até que alguém toque-a novamente.
Não precisamos aguentar calados, mas não nos deixemos cair na moda bullying e, tampouco, sucumbir a ele, revidando, humilhando, agredindo física ou psicologicamente.
Não justifiquemos o injustificável!
As marcadas do corpo cicatrizam, ficam ali, sem permitir o esquecimento, mas um dia param de doer. As marcas do espírito permanecem, continuam a doer... sempre e sempre...

Um dia...
Os jovens ouvirão palavras
Que não haverão de entender.
Crianças da Índia perguntarão:
- O que é fome?
Crianças do Alabama perguntarão:
- O que é discriminação racial?
Crianças de Hiroshima perguntarão:
- O que é bomba atômica?
Crianças na escola perguntarão:
- O que é guerra?
E vocês lhes responderão.
Vocês lhes ensinarão:
Essas palavras não são mais usadas.
São como carruagens, galeras ou escravidão.
Palavras que não tem mais sentido.
É por isso que foram tiradas dos dicionários.
(Martin Luther King)


Beijinhos a todos...


quinta-feira, 7 de abril de 2011

Desabafo e indignação...

Ao longo de cada dia de todos os anos, o futuro da educação é um tema que não abandona o pensamento de centenas de pessoas por aí a fora. Muita discussão e pouca prática! Teóricos que jamais pisaram em salas de aula... políticos que querem determinar novos rumos, novas metas e perspectivas... A verdade é que se a educação já vinha pedindo socorro, hoje ela agoniza, sofre, grita e chora... Nossas políticas educacionais colocam de lado a educação, relegam a segundo plano a formação de caráter... Tudo em prol de uma estatística que mascara a realidade. Índices de evasão e reprovação irreais... bom, basta dizer que agora os alunos poderão chegar analfabetos ao quarto ano, pois até então não poderão ser reprovados... Quanta demagogia! E o que a demagogia das estatísticas de uma educação quase perfeita dirá para as famílias que perderam seus filhos onde deveriam estar seguros? O que fará para salvar as mentes de tantas crianças cujos traumas certamente se instalaram? O que dizer àqueles que não acreditam mais, que não têm mais esperanças... àqueles que estão deixando de sonhar?
Um dia que não será esquecido... pelo menos por tantas crianças e profissionais que estavam na Escola Municipal Tasso da Silveira, no Rio de Janeiro, na manhã de hoje. Um caso que lembra os massacres que apenas víamos pelos noticiários estrangeiros, pelos filmes...
É doloroso esse assunto... a nós que passamos mais tempo dentro de uma escola do que em nossas casas... a nós que vemos no dia-a-dia as mazelas e problemas de tantas crianças... Certamente todos nós somos solidários às vítimas do Rio de Janeiro... alunos, professores, funcionários... seres humanos! E é esta humanidade que nos une a todos de forma tão sólida e permanente! Mas, infelizmente, é a mesma humanidade desumana que nos causa tanta dor...
Mas resta uma certeza... passado o impacto desses fatos, tudo voltará ao "normal" alunos, professores, funcionários... todos a mercê de um sistema falido. Um sistema em que o pedagógico cede espaço ao demagógico, em que a aquisição do conhecimento e a formação da cidadania quase não mais existem...
Será que a educação ainda tem sentido? Será? Será?... Apesar de tudo ainda há profissionais que lutam, que insistem, que respiram, transpiram, inspiram, criam e recriam, na tentativa de ver a educação renascer... na esperança que ela seja Fênix... na esperança de vê-la renascer das cinzas...
Fé e esperança... Principalmente às vítimas, aos amigos e aos familiares do massacre da Escola Municipal Tasso da Silveira.

"Sonhos não morrem, apenas adormecem na alma da gente."
(Chico Xavier)

Beijinhos a todos...



terça-feira, 5 de abril de 2011

Surpresa...

Olá, pessoal...
Hoje estou apenas fazendo uma breve passagem, vim anunciar uma surpresa que estou preparando para os próximos dias.
Vocês não perdem por esperar, dia dez deste mês, vocês verão!
Beijinhos a todos...

domingo, 3 de abril de 2011

Lençol bordado, a beleza do ponto cruz e a delicadeza da fita mimosa

lençol bordado

Olá, gente...

Alguns dias sem postar sobre artesanato, estou aqui para trazer um modelo encantador... romântico como um enxoval de sonhos. Aqui usei duas diferentes técnicas, o ponto cruz em um risco bem simples, e o bordado em fita. Os dois trabalhos usados são bem simples, fáceis de fazer, mas formaram uma composição harmoniosa e delicada.
Para começarmos, marcamos o centro do étamine e, a partir dele, fazemos a marcação para o trabalho. Podemos deixar o intervalo central com espaço de três a dez pontos, dependendo da largura que você pretender fazer seu barrado. Deixei 3 pontos por achar mais delicado. Feito isso, nas partes superior e inferior do intervalo de pontos, marcamos três pontos, como podemos observar:

Marcação do étamine

Feita esta etapa, barra totalmente marcada, fazemos os cortes nas duas laterais e desfiamos o tecido, cuidando para tirar apenas os fios dos três pontos marcados nas partes inferior e superior do intervalo, sem arrebentar ou cortar pontos pelos quais não passará o trabalho em fita

Marcação do étamine Marcação do étamine

A marcação concluída, podemos optar entre começar pelo ponto cruz ou pela fita. Prefiro começar pela fita, para que o étamine não desfie mais do que o necessário. Aqui, porém, parece ter começado pelo ponto cruz, mas acontece é que desmanchei o final da barra em fita após o bordado concluído, assim as passagens da fica ficaram mais bem marcadas para que vocês possam observar melhor o caminho.

bordando com fita Bosrdado em fita

Esta trama em fita é bem simples, começamos passando a agulha pela parte de tras, dando uma laçada nos três primeiros pontos. A seguir, passando por dentro da laçada, a fita passa pelo lado direito do trabalho, cruzando para baixo, laçando os três primeiros pontos do trabalho. Desta forma seguirá, cruzando de cima a baixo, sempre laçando três pontos. Chegando ao final da barra, puxe a fita para o avesso, para que a ponta não fique à mostra.

bordando com fita Bosrdado em fita

Concluído o trabalho em fita, passamos para o trabalho em ponto cruz. Tratam-se de pontos simples, como pode-se observar no gráfico:

ponto cruz

O ponto cruz acompanha, também, toda a largura da barra... e medimos a distância de dois pontos entre o bordado em fita e o ponto cruz.
Por fim é o acabamento, o passafita com a afita na mesma cor do trabalho e um bordado inglês dão um acabamento perfeito à peça... Prontinho! Agora é só curtir o enxoval!

ponto cruz

Beijinhos e até a próxima!



Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo

O Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo foi instituído pela ONU em dezembro de 2007, que definiu a data de 2 de abril como marco da mobilização mundial para mostrar que há pessoas um pouco diferentes das outras, mas que, na sua essência, são tão humanas quanto todos.
Não podemos nos perder em preconceitos e atitudes discriminatórias, temos antes que tomar consciência da condição humana, com suas diferenças e semelhanças. Temos que promover inclusão... Mas lembrando que incluir não é ignorar as diferenças e achar que todos somos iguais, mas respeitar essas diferenças e fazer com que elas não se revelem assim tão importantes.
Mas para que possamos verdadeiramente pensar sobre isso, para que realmente possamos ter uma "conscientização sobre o autismo", temos que conhecer um pouco sobre ele:
O autismo é uma alteração "cerebral"/"comportamental" que afeta a capacidade da pessoa comunicar, de estabelecer relacionamentos e de responder apropriadamente ao ambiente que a rodeia.
Algumas crianças, apesar de autistas, apresentam inteligência e fala intactas, algumas apresentam também retardo mental, mutismo ou importantes atrasos no desenvolvimento da linguagem.
Alguns parecem fechados e distantes e outros parecem presos a comportamentos restritos e rígidos padrões de comportamento.
O autismo é mais conhecido como um problema que se manifesta por um alheamento da criança ou adulto acerca do seu mundo exterior encontrando-se centrado em si mesmo, ou seja, existem perturbações das relações afetivas com o meio.
A maioria das crianças não fala e, quando fala, é comum a ecolália (repetição de sons ou palavras), inversão pronominal etc..
O comportamento delas é constituído por atos repetitivos e estereotipados; não suportam mudanças de ambiente e preferem um contexto inanimado.
O termo autismo se refere ás características de isolamento e auto-concentração das crianças.
O autista possui uma incapacidade inata para estabelecer relações afetivas, bem como para responder aos estímulos do meio.
É universalmente reconhecida a grande dificuldade que os autistas têm em relação á expressão das emoções.

Características comuns do autista:
* Tem dificuldade em estabelecer contacto com os olhos,
* Parece surdo, apesar de não o ser,
* Pode começar a desenvolver a linguagem, mas repentinamente ela é completamente interrompida,
* Age como se não tomasse conhecimento do que acontece com os outros,
* Por vezes ataca e fere outras pessoas mesmo que não existam motivos para isso,
* Costuma estar inacessível perante as tentativas de comunicação das outras pessoas,
* Não explora o ambiente e as novidades e costuma restringir-se e fixar-se em poucas coisas,
* Apresenta certos gestos repetitivos e imotivados como balançar as mãos ou balançar-se,
* Cheira, morde ou lambe os brinquedos e ou roupas,
* Mostra-se insensível aos ferimentos podendo inclusive ferir-se intencionalmente, etc.

Causas:
A nível médico as causas são desconhecidas apesar das investigações e estudos feitos.

Tratamentos:
Poucos são os tratamentos atualmente existentes uma vez que os resultados são muito pequenos e morosos. Os tratamentos passam por uma estimulação constante e por um apoio constante como forma de estimular e fazer com que a criança interaja com o ambiente, com as pessoas e com outras crianças.
Frequentemente usa-se a hipoterapia, a musicoterapia, a terapia da fala, a natação, o contato com animais, o apoio em casa e com especialistas e muitas outras abordagens. Infelizmente estas abordagens não resolvem as causas por detrás do autismo. Há que resolver as causas por detrás do autismo e para isso há que compreender quais elas são.


Beijinhos amigos...

sábado, 2 de abril de 2011

Selinhos!


Olá, queridos...

Tenho estado bastante ausente... sinto muito por isso, mas as coisas andam confusas, muito trabalho nas escolas e as obras aqui (não sei se comentei com vocês, mas estamos passando por umas reforminhas aqui em casa!)... e para completar a semana passada passei em função de uma forte crise de rinite e uma infecção na garganta que me renderam febres superiores aos 40 graus... Mas, finalmente melhorei e pude voltar às atividades normalmente. Bom, por hora, vou postar uns presentinhos que ganhei de uma adorável amiga e ainda não tinha podido dar a devida atenção.
A sempre delicada Claudiana, do Blog Encantos em Ponto Cruz, agraceou-me por esses dias com dois presentes lindos! Obrigada, querida, e perdoe-me pela demora na postagem!
Significado do prêmio:
"O prêmio foi criado por um escritor espanhol Alberto Zambade, apelido Dardo, que publicou em seu blog - Leyendas De El Pequeño Dardo- um post entitulado " I Entrega de Prêmios Dardo 2008 - Best Blog Darts Thinker". O Prêmio Dardos reconhece a importância de cada blogueiro ao transmitir valores culturais , éticos, literários, pessoais, etc. Que em suma, demonstram sua criatividade através do pensamento vivo que está e permanece intacto entre suas letras, entre suas palavras."
Fontes: Blog "Pra que Pensar?"; Liberté.
(Copiei isso da própria Claudiana, pois ficou perfeita a explicação nesta sua postagem!)

Bom, dedico e repasso esses prêmios, ambos, a todos vocês, queridos amigos que fazem esse jardim tão especial... ponto de encontro virtual!
Adorei ambos os prêmios! Obrigada Claudiana!
Beijinhos a todos!



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