Sabem quem foi Frida Kahlo?
Magdalena Carmen Frida Kahlo y Calderón nasceu em Coyoacán, subúrbio da Cidade do México. Se declarava filha da Revolução Mexicana, por isso dizia ter nascido em 1910 (sendo na realidade, 1907). Frida foi casada com Diego Rivera. Ambos militavam juntos, amavam-se e, sobretudo, admiravam um ao outro. No filme Frida, de 2000, fica bastante clara esta relação na cena em que diz:
“Uma magricela com as sobrancelhas juntas gritou para mim: ‘Diego, quero que veja meus quadros!’ E me fez descer óbvio. Eu desci e ainda estou vendo até hoje. Mas quero falar de Frida não como marido, e sim como artista e admirador. Sua obra é ácida e frágil. Dura como aço e fina como asa de uma borboleta. Cativante como um sorriso e cruel como as agruras da vida. Creio que jamais, até hoje, uma mulher depositou tanta agonia e poesia nas telas.”
A sua vida com o marido sempre foi bastante tumultuada. Diego tinha muitas amantes e Frida não ficava atrás, compensava as traições do marido com amantes de ambos os sexos. Mas, sem dúvida, Rivera foi seu grande amor, como pode-se observar por seus escritos em seus diários:
"Diego está na minha urina, na minha boca, no meu coração, na minha loucura, no meu sono, nas paisagens, na comida, no metal, na doença, na imaginação."
"Diego, houve dois grandes acidentes na minha vida: o bonde e vc. Vc sem dúvida foi o pior deles."
"Ele leva uma vida plena, sem o vazio da minha. Não tenho nada porque não o tenho."
Acidez e fragilidade que se exibiram também em sua vida. A vida foi dura com Frida, cuja matéria frágil contrastou com a força que a manteve viva. Aos seis anos Frida contraiu poliomielite e ficou manca da perna esquerda. Mas a tragédia que marcou a sua vida aconteceu em 1925, quando tinha 18 anos. O ônibus onde estava chocou-se com um bonde, uma barra de ferro entrou pelo seu quadril e saiu pela vagina causando-lhe sérios problemas: a coluna foi quebrada em três lugares; a perna direita em onze; a clavícula, a terceira e a quarta costela fraturadas; o pé direito esmagado e a pélvis quase destruída. Ficou inconsciente durante três semanas, ficou várias semanas no hospital e muito tempo sem movimentos. Infelizmente, por causa do acidente Frida ficou imobilizada com um gesso que lhe cobria do peito até o joelho, mas foi a partir disto que ela descobriu a sua verdadeira vocação: pintar. Seu pai colocou um espelho em cima da sua cama, onde ela se via e assim passou a pintar auto-retratos, nas suas próprias palavras: “Eu me pinto porque estou muitas vezes sozinha e porque sou o tema que conheço melhor.”
Sua obra foi muito autobiográfica. Nas telas, pintava muito sobre a sua própria realidade: Suas dores físicas (causadas pelo acidente); suas dores “mentais” pela impossibilidade de ter filhos (também causada pelo acidente); seus problemas no casamento; sua admiração pelo povo mexicano e repugnância ao imperialismo norte-americano e europeu, ou seja, seu amor pelo povo oprimido e seu ódio aos opressores.
É bastante complicado classificar a obra de Frida Kahlo, alguns a diziam Surrealista, ideia a qual ela contestava: “Pensaram que eu era surrealista, mas não era, nunca pintei sonhos, pintava minha própria realidade.”
Via ainda sua arte como forma de militância, como meio de ajudar a revolução. Em suas palavras:
“Estou muito preocupada com a minha pintura, acima de tudo, por que quero transformá-la em algo útil, até agora tenho simplesmente veiculado uma atitude honesta de mim mesma, mas que infelizmente está muito longe de servir ao Partido. Tenho que lutar com todas as minhas forças para assegurar que a única coisa positiva que a minha saúde me permite fazer beneficie também a revolução, a única razão de viver.”
No gesso que teve que recolocar no final da sua vida estava desenhado a foice e o martelo. E o seu caixão foi coberto pela bandeira do Partido Comunista, a sua maior paixão. Em 1953, teve que amputar os pés, por causa de uma gangrena. Sobre isso ela disse: “Pés para que os quero se tenho asas para voar?” E apesar de tanto sofrimento Frida militou e pintou até o último momento. Sua última aparição pública foi onze dias antes de sua morte, de cadeira de rodas, numa manifestação contra a derrubada do governo eleito da Guatemala, de Jacobo Arbenz, pelo USA.
Seu fim foi muito sofrido, teve que tomar altas doses de morfina para suportar a dor. Morreu de embolia pulmonar, e a última frase do seu diário mostra que ela sentia-se preparada para morrer e se permitiu, ela que era uma materialista, uma ironia com a cultura mexicana de reencarnação: "Espero alegremente a saída, e espero nunca mais voltar".
Frida Kahlo foi, sem dúvida, um dos grandes nomes do século XX. Um ícone da arte a da cultura que continua a inspirar... Resolvi, então, me deixar levar pela sedução desta personagem tão fascinante e aqui trago a minha Frida Kahlo, uma boneca em estilo tilda inspirada na grande artista mexicana!
Tilda Frida Kahlo.
Seguindo o estilo da artista, que usava saias longas e roupas que mesclavam cores vivas! Optei por usar o preto aliado ao vermelho e ao amarelo, cores quentes que podemos ver em muitas das roupas de Frida.
O cabelo penteado para trás, com grandes flores. Os brincos grandes ao gosto da personagem.
As sobrancelhas juntas e o buço característicos da artista.
A boneca foi toda confeccionada em tricoline e recheada com fibra siliconada antialérgica. A blusa é feita de tricoline e a saia de viscose. Para os detalhes usei passa fita, fitas de cetim, galão e trancelim.
As sandálias foram feitas em em feltro com trancelim... as flores de cetim dão um charme a mais à peça.
Detalhe da saia.
Como a Frida Kahlo, a boneca traz uma mantinha sobreposta à roupa.
Em detalhe o colar de pérolas e o detalhe do decote.
As costas também merecem cuidado! :)
O arranjo do cabelo em forma de coque despojado... penteado bastante comum de se ver a artista!
As flores arranjadas de forma fechar o coque.
Bom, pessoal, é isso aí... Espero que tenham gostado!
Beijinhos a todos...
2 comentários:
Qtos detalhes!! Ficou linda! Parabéns!!
Clau, que linda! Ficou maravilhosa, exuberante como a própria Frida foi!
Sou fã da Frida Kahlo e no momento estou lendo a biografia dela. A cada página cresce minha admiração por ela!
Bjsss
Lu
Postar um comentário