Hoje, 26 de agosto, Stanley Kubrick, um dos maiores gênios da história do cinema, estaria completando seus 81 anos. Com uma carreira que se compõe apenas de bons filmes, o cineasta, embora polêmico, contou com reconhecimento de público e crítica. Um estilo único no contexto da arte cinematográfica!
Sua obra mescla violência e lirismo, revolução e conservadorismo, erotismo e a mais pura inocência... São obras de alto valor estético e de grande potencial no ramo do entretenimento. Cinema Arte! Arte assim mesmo, com A maiúsculo.
Seus filmes, geralmente, desnudam o lado obscuro da natureza humana, em toda sua complexidade e contradição, o que faz com que o ponto de vista da primeira pessoa seja bastante usado em suas obras. Desse modo tornam-se eles personagens cujas máscaras se apresentam ambíguas, entre a crueldade desumana e cruel humanidade.
No legado de seus filmes, podemos observar a alma depondo suas máscaras, num jogo de mistério e sedução, como se observa exemplarmente em seu último filme De Olhos Bem Fechados (1999). Esse flerte que se constata entre suas personagens e o que há de oculto, de intrigante e de instintivo desencadeia tramas intrincadas, que seduzem o observador, ao mesmo passo que causam estranhamento e inquietação. As obras de Stanley Kubrick incomodam, pois mostram o que de mais inquieto existe em nós, em nossa essência.
Para que todos possam ver por si mesmos a genialidade de Kubrick:
De Olhos Bem Fechados (1999)
Nascido para Matar (1987)
Iluminado, O (1980)
Barry Lyndon (1975)
Laranja Mecânica (1971)
2001: Uma Odisséia no Espaço (1968)
Dr. Fantástico (1964)
Lolita (1962)
Spartacus (1960)
Glória Feita de Sangue (1957)
Grande Golpe, O (1956)
Morte Passou por Perto, A (1955)
Vale lembrar que além desses, Kubrick deixou o projeto de Inteligência Artificial, o qual não conseguiu realizar. A. I. acabou recebendo os cuidados de Steven Spielberg, que fez de um projeto excepcional um filme comum. A genialidade de Kubrick acompanha parte do filme, nota-se seu toque, mas falta algo e sobra muita coisa. Percebe-se claramente onde acaba Kubrick e se inicia Spielberg, infelizmente... Um grande filme, com um medíocre final...
A virtude vem de nós mesmos. É uma escolha que só a nós pertence. Quando um homem perde a capacidade de escolher, deixa de ser homem. (Laranja Mecânica)
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